Entrevista com Ivan Sant'Anna

Alvega escreveu:

alberto escreveu:Perdi o dia para enviar a minha pergunta... mas parabéns a todos, ótimas perguntas!

Alberto, não recebi nenhuma pergunta sua.

é tanta pergunta que o Artur já está ficando meio confuso

pois foi o que quiz dizer, perdi o dia limite e não enviei nenhuma pergunta...

Quando sai o resultado???

Hehe, entendi que você tinha perdido um dia pensando na pergunta para enviar e que tinha enviado.

Alvega escreveu:Hehe, entendi que você tinha perdido um dia pensando na pergunta para enviar e que tinha enviado.

não, não... mas foi quase isso, pensei na pergunta vários dias, não os dias inteiros claro, quando me dei conta passaram-se dias demais....

com esse negócio de "falar" na internet deve-se ter muito cuidado, da margem a muitas interpretações e as vezes você ou outra pessoa quer dizer uma coisa e fica parecendo outra, ou parece que o cara é isso ou aquilo, que tá debochando.... temos que ter muito cuidado.... ainda mais sendo aqui um fórum Brasil/Portugal e outros países de mesma língua, pode dar uma confusão danada.

Abração!

Aqui ficam as respostas de Ivan Sant'Anna. Amanhã saberão quem foram os vencedores.

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1- Pergunta de Augusto Sposito ("Augusto Sposito" no fórum): "Qual o motivo que o levou a escrever sobre acidentes aéreos?"

R) Como sou piloto desde os 18 anos de idade, ao me tornar escritor nada mais normal do que escrever sobre acidentes aéreos, entre outros temas.

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2- Pergunta de Elenilson Nunes Pereira ("Nilson" no fórum): "O que acha de uma política de segurança aérea mais austera?"

R) Com certeza a política de segurança aérea precisa ser mais severa. Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental a taxa de acidentes aéreos é de 0,4 desastres fatais para cada milhão de voos. Aqui essa taxa é de 1,4/1 milhão. Podemos, e devemos, reduzir esse número.

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3- Pergunta de Daniel Alexandre ("rainerdaniel" no fórum): “O livro Caixa Preta abortou com muitos detalhes um dos três maiores acidentes que ocorreram em relação a aviação brasileira, porém o senhor conseguiu juntar com facilidade os fatos para serem abordados no livro Perda Total ou teve uma maior dificuldade em conseguir os relatórios desses três mais atuais acidentes junto ao Cenipa?”

R) Para “Perda Total” foi mais fácil obter os dados, já que, sendo autor de “Caixa-preta”, eu já formara minha reputação para escrever sobre o assunto,

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4- Pergunta de Ricardo Felix ("Ricardo Felix" no fórum): "Afinal o aeroporto de Congonhas está atrapalhando a cidade ou a cidade está atrapalhando o aeroporto ?"

R) As duas coisas. Ao ser construído, nos Anos de 1930, Congonhas ficava num descampado. Mas a cidade foi crescendo ao redor das pistas e do terminal. Congonhas está fadado a ser substituído por um aeroporto maior e mais moderno. Trens de alta-velocidade poderão compensar a distância.

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5- Pergunta de Sérgio Clemente ("sergiotucano" no fórum): "Ivan, em uma entrevista dada a Folha quando indagado com a seguinte pergunta : "Não aceita material de jornal?", sua resposta é a seguinte: " Não, porque vocês, jornalistas, não têm tempo para nada, e eu tenho anos para apurar tudo, trabalhando "full time" nisso. "
E tomando como exemplo a reportagem que a Rede Globo exibiu no dia 07/08 sobre os problemas na nossa aviação, você julga que as notícias vinculadas em meios não especializados carecem de uma análise mais técnica, podendo levar o leitor a interpretações erradas?"

R) Os jornalistas têm prazo para entregar suas matérias. Por isso elas saem repletas de falhas. O mesmo não acontece com os escritores, que têm todo o tempo do mundo para tirar e escrever suas conclusões. A reportagem do “Fantástico” está sendo contestada pelo Comando da Aeronáutica como tendo cunho sensacionalista.

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6 - Pergunta de Dani Santoro ("Dani.Santoro" no fórum): "Mesmo para as autoridades, por diversas vezes é difícil colher informações que levem à descoberta de um acidente aéreo.
E para um escritor? Quais as maiores dificuldades que o senhor enfrentou para obter informações que lhe permitissem chegar a fatos concretos que explicassem os acidentes pesquisados?"

R) Dani, como eu escrevo muitos anos após os acidentes, tenho menos dificuldade em descobrir o que aconteceu do que as autoridades, pois não sou pressionado por prazos. Além disso, ao iniciar meu trabalho, já parto das descobertas que essas autoridades fizeram.

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7- Pergunta de João Fontenele ("Fontenele" no fórum): "Sr. Ivan, depois do acidente como o da Gol que colidiu com o Legacy, o senhor viu alguma mudança de atitude ou investimento de maneira a prevenir acidentes como esse por parte do governo brasileiro?"

R) Toda investigação de acidente aéreo tem como objetivo evitar que aquele tipo de desastre se repita. Diversas providências foram tomadas após a colisão do Legacy com o Boeing da Gol, inclusive, e principalmente, uma recomendação de maior atenção dos controladores de voo ao seu trabalho. Se Jomarcelo e Lucivando (controladores do Cindacta 1 naquela tarde) tivessem prestado atenção às suas telas, teriam percebido que o transponder do Legacy fora desligado e o acidente não teria acontecido.

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8- Pergunta de Luiz Esper ("Luiz Esper" no fórum): "Acha que a estrutura aeroportuária hoje no Brasil está no limite, principalmente pelo fato de faltar pouco tempo pra eventos como a Copa do Mundo?"

R) Luiz, A infraestrutura aeroportuária já passou do limite há bastante tempo. O ritimo de aumento de vendas de passagens aéreas ultrapassa, em muito, o ritmo de crescimento das estruturas dos aeroportos e dos centros controle de tráfego aéreo.


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9- Pergunta de Leonardo Moura ("Leonardo.Moura" no forum): "Prezado Ivan,
Sou leitor desde o livro Caixa Preta. Vejo os seus livros por uma ótica de documentários, de relatos muito detalhados dos fatos, coisa que me agrada muito!
Gostaria de saber se vc tem a intenção de continuar a escrever livros nessa linha, até porque temos outros grande acidentes na aviação brasileira, como o 727 da Vasp que se chocou contra a serra da Pacatuba no Ceará, o 727 da Transbrasil que caiu nas proximidades de Florianopolis, e até mesmo de acidentes da aviação mundial."

R) Leonardo, com "Perda Total" encerro minha carreira de autor de livros-reportagem sobre desastres de avião. Volto ao meu tema original: mercado financeiro.

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10- Pergunta de Luan Alexander ("Compunew" no fórum): "Sr. Ivan Sant'Anna, no caso da tragédia do vôo da TAM em SP (Congonhas), gostaria de saber se caso a aeronave não estivesse tão rápida na curta final, se teria sido possível pará-la em tal situação.
Desde já muito obrigado".

R) Com o manete da direita em “climb” seria impossível parar o Airbus.

Hoje será divulgado os nomes dos 3 sortudos??

Parece que sim já que o post do Alvega é das 6 de ontem. estou torcendo pra sair mais cedo possível rsrsrs